– Maldita hora que fui dizer pra ela o seu vôo! Porque você deixa ela falar assim com você, pai?! Até parece que você aliciou a menina ou algo assim! Ela não tem o direito de te tratar desse jeito! – Júlia parecia revoltada.
– De que jeito?
– De que jeito?
– Desse! Invadindo e esbravejando como se você fosse o único culpado pelo que ta acontecendo! Era Aretha quem vinha aqui! Era ela quem ligava, quem procurava e quem corria atrás de você! Eu sei! Eu vi!
– Júlia, entenda, eu permiti! Só dependia de mim, ter cortado isso ou não.
– Júlia, entenda, eu permiti! Só dependia de mim, ter cortado isso ou não.
– Pai, dependia dela também... Aretha não mediu! Você também não! Vamos dividir, ta legal? Não dá pra você ficar sozinho de mártir!
– Amor, ela só tem 18 anos.
– Amor, ela só tem 18 anos.
– Ah! Nesse caso então, serve de desculpa? Ô, pai! Pelo que conheço da Aretha, ela mesma deve estar assumindo a parcela dela... Então pare de colocar a garota numa redoma! Ela aguenta a pancada.
Quando Júlia falou, eu enxerguei. Sabia que Aretha aguentaria, mas simplesmente não queria que ela levasse nenhuma.
Quando Júlia falou, eu enxerguei. Sabia que Aretha aguentaria, mas simplesmente não queria que ela levasse nenhuma.
Desnecessário dizer que passei o resto do meu tempo inútil tentando falar com ela. Em vão. Chamei Claudinete e pedi que ela comprasse passagens pro primeiro vôo de volta a Paris.
– Mas o senhor acabou de chegar!
– Bem, Claudinete, eu sei quando eu cheguei. Apesar de você não acreditar, eu não perdi minhas faculdades mentais ainda.
– Mas o senhor acabou de chegar!
– Bem, Claudinete, eu sei quando eu cheguei. Apesar de você não acreditar, eu não perdi minhas faculdades mentais ainda.
Ela saiu ofendida e eu já estava arrependido, mas não estava com tempo nem paciência. Quando voltou disse que tinha conseguido para a noite seguinte. E eu não sabia o que fazer pra me distrair até lá. Tomei 2 comprimidos de Valium e apaguei.
Então, eu estava ouvindo vozes, mas precisei me esforçar para entender as palavras... Não conseguia assimilar por que. Não sabia onde eu estava e nem se eu estava sonhando. Tentava me lembrar a última coisa que tinha feito consciente.
– Porque ele não acorda?
– Eu disse! Seu pai ta ficando maluco, mas ninguém me escuta nessa casa!
– Eu disse! Seu pai ta ficando maluco, mas ninguém me escuta nessa casa!
A discussão continuava, mas o som era abafado e não fazia mais sentido.
– Pai! “Paieeê”! Levanta, Pai!
Meu corpo balançou. Mas eu mesmo não tinha forças nem para abrir os olhos.
– Pai! “Paieeê”! Levanta, Pai!
Meu corpo balançou. Mas eu mesmo não tinha forças nem para abrir os olhos.
Aos poucos as vozes e as palavras ditas foram ficando mais definidas.
– Droga! Ele tomou remédio pra dormir! Sabe-se lá quanto! Pai, “acoooooooorda”! – Essa era da minha filha.
– Droga! Ele tomou remédio pra dormir! Sabe-se lá quanto! Pai, “acoooooooorda”! – Essa era da minha filha.
– Agora é só esperar mesmo, dona Júlia... Ele deve acordar só lá pra noite... – Reconheci a voz de Claudinete. Porque elas duas estavam no meu quarto?
– Pelo menos você cancelou a passagem?
– Pelo menos você cancelou a passagem?
– Cancelei.
O quê?! Não! Tentei me mover. Não consegui. Não sei se foi por conta do esforço, ou por que ainda estava sob efeito do medicamento, mas acabei apagando novamente.
O quê?! Não! Tentei me mover. Não consegui. Não sei se foi por conta do esforço, ou por que ainda estava sob efeito do medicamento, mas acabei apagando novamente.
Quando finalmente acordei o quarto estava escuro. Devia ter anoitecido. Mesmo que tivesse sido apenas sonho, provavelmente eu tinha perdido o avião. Fitei o teto. Estava com muita raiva de mim mesmo.
Mas eu tinha que levantar. E tinha que dar um jeito de voltar para Paris. Mal botei meus dois pés no chão e a porta do quarto se abriu. Júlia entrou como um raio, seguida de Hélio e Reginaldo.
– Acordou, donzelo? – Perguntou com ironia.
– Porque esta invasão no meu quarto?
– Acordou, donzelo? – Perguntou com ironia.
– Porque esta invasão no meu quarto?
– Bem... Eu trouxe os dois para colocarem você embaixo do chuveiro.
– Não vai ser necessário.
Júlia fez sinal para eles saírem.
– Não vai ser necessário.
Júlia fez sinal para eles saírem.
Depois sentou-se na cama ao meu lado.
– Hey, pai... Não fica assim... Ela ligou um pouco mais cedo.
– Como assim “ela ligou”?! Ninguém me chamou? – Eu me exaltei.
– Hey, pai... Não fica assim... Ela ligou um pouco mais cedo.
– Como assim “ela ligou”?! Ninguém me chamou? – Eu me exaltei.
– Durante mais de meia hora, pai! Porque foi tomar remédio pra dormir?
Minha curiosidade era maior e mais urgente:
– Onde é que ela está? O que aconteceu? Ta tudo bem? Cadê meu celular? Eu quero falar com ela.
Minha curiosidade era maior e mais urgente:
– Onde é que ela está? O que aconteceu? Ta tudo bem? Cadê meu celular? Eu quero falar com ela.
– Está tudo bem pai... A Tara conseguiu falar com ela... Parece que era só a bateria mesmo... Enfim... Ela tomou um esporro básico da mãe. Mas pelo menos a Tara disse a ela que você estava preocupado e talz...
– Você falou com ela? Ela está bem?
– Ela está ótima, pai! Está em Paris, melhor que a gente... Longe do braço do Mark... Brincadeira! – Ela emendou imediatamente ao ver minha careta. – Só quis fazer uma piada...
– Ela está ótima, pai! Está em Paris, melhor que a gente... Longe do braço do Mark... Brincadeira! – Ela emendou imediatamente ao ver minha careta. – Só quis fazer uma piada...
– Não estou num momento para piadas, Júlia.
– É pai, não está mesmo! – Disse aborrecida ao se levantar. – Você está é muito chato!
– É pai, não está mesmo! – Disse aborrecida ao se levantar. – Você está é muito chato!
Júlia saiu batendo o pé.
– Vou trazer seu telefone. Porque não toma um banho?
Júlia não me chateou. Mas a verdade é que cada um aqui tinha tomado seu rumo, e estava tomando conta de sua própria vida. Eu também quis. Deu no que deu.
– Vou trazer seu telefone. Porque não toma um banho?
Júlia não me chateou. Mas a verdade é que cada um aqui tinha tomado seu rumo, e estava tomando conta de sua própria vida. Eu também quis. Deu no que deu.
J apaixonado parece tão bobão às vezes! Ben que o Forte diz que sim apaixonado fica abobalhado! rsrsrsrsrsrsrsrs
ResponderExcluirAMO!
bjosmil! *.*
Figuraça esse J! Acho que os homens realmente apaixonados ficam bobos de uma maneira geral, hehehe!
ResponderExcluirObrigada, amore!
..: Bjks :..
Figuraça esse J! Acho que os homens realmente apaixonados ficam bobos de uma maneira geral, hehehe!
ResponderExcluirObrigada, amore!
..: Bjks :..