Foram duas horas tranquilas de papo bom com o Gordo. Falamos de Super Bowl e música, casamento e filhos. Já estávamos para pedir a conta quando por uma dessas infelizes coincidências, Herman apareceu no mesmo restaurante.
Acompanhado de duas loiras – tão lindas quanto vulgares – visivelmente mais novas. Ele nos viu assim que entrou. Como não poderia ser diferente, fez aquele escarcéu ao nos cumprimentar.
– Grandes “parças”!!! Que coisa boa encontrá-los por aqui!
– Oi, Herman! – Respondeu Ronaldo.
– E aí, brother? – Eu disse desanimado.
– Grandes “parças”!!! Que coisa boa encontrá-los por aqui!
– Oi, Herman! – Respondeu Ronaldo.
– E aí, brother? – Eu disse desanimado.
– Saindo no jornal, heim, loiro! Très chic, em Paris! Tu não é bobo, não! Ficou foi com o filé!
– Herman, cala a boca! – Cortou Ronaldo.
Eu já devia estar acostumado. Herman não cresceria nunca.
– Herman, cala a boca! – Cortou Ronaldo.
Eu já devia estar acostumado. Herman não cresceria nunca.
– Não é o momento... E você está com amigas, também!
– Ah, Herman... Já estamos de saída... – Disse Ronaldo.
– Não acredito! Rapazes, que falta de educação! Façam uma sala, depois vocês vão... E eu... Vou ter que dar conta das duas, sozinho... Nossa, que tristeza...
– Não acredito! Rapazes, que falta de educação! Façam uma sala, depois vocês vão... E eu... Vou ter que dar conta das duas, sozinho... Nossa, que tristeza...
Eu não estava a fim de provocação. Sabia que se insistisse, Herman provavelmente continuaria com alguma gracinha. Não o culpo. Ele sempre foi assim. Só parecia ter piorado um pouco com a idade. Nós nos reacomodamos e eu estabeleci pra mim um prazo máximo de permanência de meia hora.
Ronaldo estava inquieto. Com certeza Clarissa devia detestar aquele tipo de companhia, apesar de também estar careca de conhecer o Herman. No fundo, ele não oferecia risco. Porque também conhecia a gente. O toque musical da Aretha soou no meu telefone. Pedi licença para atender.
– Oi, Anjo.
– Oi, J... Você pediu para eu avisar... Então... – Ela parecia sem graça para falar. – Eu vou precisar desligar o telefone.
– Oi, J... Você pediu para eu avisar... Então... – Ela parecia sem graça para falar. – Eu vou precisar desligar o telefone.
– Precisar? Precisar por quê?
– Eu tenho que resolver algumas coisas e não quero ser interrompida...
– Eu tenho que resolver algumas coisas e não quero ser interrompida...
– Resolver? Aretha... Você está com algum problema?
– Não, Jack. Problema nenhum. Questões, apenas... Coisas... Por quê?
– Não, Jack. Problema nenhum. Questões, apenas... Coisas... Por quê?
– Não, nada... Eu só...
Ela interrompeu meu balbuciar sem sentido:
– Eu te amo, J. Agora preciso ir, beijos.
Ela interrompeu meu balbuciar sem sentido:
– Eu te amo, J. Agora preciso ir, beijos.
Ela desligou antes mesmo que eu pudesse responder. Os rostos na mesa estavam voltados para mim.
– Ela ainda está em Paris. – Mas ninguém havia feito pergunta nenhuma.
– Ela ainda está em Paris. – Mas ninguém havia feito pergunta nenhuma.
– Bom... Eu vou nessa! – Disse Ronaldo, aproveitando a deixa. – Vam’bora, Jack?
Eu mudei de idéia.
– Ah... Gordo... Acho que vou ficar mais um pouco... Mais duas doses de uísque... Eu pego um taxi pra casa...
Eu mudei de idéia.
– Ah... Gordo... Acho que vou ficar mais um pouco... Mais duas doses de uísque... Eu pego um taxi pra casa...
Ronaldo me olhou desconfiado.
– Tem certeza?
– Absoluta. Reginaldo busca o carro amanhã. Pode ir, Ronaldo. Eu vou fazer um pouco mais de companhia para o Herman e suas amigas.
– Assim é que se fala, J! – Herman apoiou.
– Tem certeza?
– Absoluta. Reginaldo busca o carro amanhã. Pode ir, Ronaldo. Eu vou fazer um pouco mais de companhia para o Herman e suas amigas.
– Assim é que se fala, J! – Herman apoiou.
Depois pediu a distância:
– Chefia, mais duas por favor.
Fiquei de raiva. Mas já estava arrependido quando o garçom chegou com os copos.
– Chefia, mais duas por favor.
Fiquei de raiva. Mas já estava arrependido quando o garçom chegou com os copos.
Eu nem sei sobre o que se falava na mesa. Estava completamente perdido em meus próprios pensamentos. Ela precisava ser tão evasiva? Se estava com amigas, porque não me falar “Olha, J, estamos indo a um cabaré...”. Mas que droga!
Deus do céu, o que está acontecendo comigo? Eu nunca fui ciumento!
– Brother, meninas... Desculpe. Eu não vou mesmo poder ficar.
Herman fez cara de poucos amigos.
– Brother, meninas... Desculpe. Eu não vou mesmo poder ficar.
Herman fez cara de poucos amigos.
– É só um uísque... Também não to muito a fim de dividir outras coisas...
– Eu sei, parceiro, mas nem a bebida me caiu bem. – Improvisei.
– Eu sei, parceiro, mas nem a bebida me caiu bem. – Improvisei.
Eu nunca fui bom nisso. Em estar apaixonado. Sempre meti os pés pelas mãos. E agora me sentia enferrujado, depois de tanto tempo longe dessas emoções. No taxi, a caminho de casa, parecia que eu tinha entornado uma garrafa inteira, quando na verdade nem terminei a última dose que pedi.
Ah! Herman nunca muda... Continua o mesmo!!
ResponderExcluirNão quer dividir? Acho que a Eve não aprovaria sua atitude... rsrsrsrsrsrsrsrs
J e seu ciúme bobo... Abobalhado! Hehehe
AMO! *.*
bjosmil!
Acho que Herman falou também "só de birra" Hauhsuahsuahs! Ele sempre partilhou com os amigos! XD
ResponderExcluirBrigada, flor!
..: Bjks :..