quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vivendo, Aprendendo e Crescendo

Não foi fácil encarar o Mark e a Tara. Como pais, eles se preocupavam que ela adquirisse essa enorme responsabilidade tão prematuramente. Mesmo assim, não posso dizer que eles dificultaram as coisas. Talvez até por verem a apreensão nos olhos da filha, ou talvez por conhecerem minha história como pai.


Nós chamamos Thales e Alanis, para dar a notícia de uma só vez. Aretha estava emocionada novamente, agarrada aos pais numa espécie de abraço coletivo. Que bela família Mark e Tara tinham formado! A união era tão grande e tão sincera! Só não invejava porque a minha não era diferente.


Olhei pro lado e vi os olhos de Thales marejados. Eu não podia acreditar. Estava acostumado a ver um garoto “descolado”, cheio de ginga e sempre com uma piada na ponta da língua. Ele não se segurou e juntou-se à família, enquanto Alanis, sempre solidária, se abraçou a mim.


O nosso casamento não demorou muito mesmo para acontecer. Não preciso dizer o quão maravilhosa minha noiva estava. O cabelo volumoso preso num coque com uma franja que valorizava seus olhos de ônix, combinando com o pingente que eu lhe dera em seu aniversário e quase nunca saía de seu pescoço.


Apesar dos poucos convidados – apenas nossas famílias e amigos muito chegados – e da cerimônia não muito convencional – sem padre, missa ou sermão –, não foi um casamento menos bonito que nenhum outro.


Gabriel não veio, ele estava fazendo o Caminho de Santiago. Avisou antes de iniciar e disse que mandava notícias assim que chegasse à Catedral. Conversamos sobre adiar a data do casamento pra esperar, mas não insisti. Não sentia nele vontade nenhuma de retornar tão cedo.


Por conta do ano letivo de Aretha, nossa lua-de-mel foi um fim de semana corrido. Mas tão perfeito quanto eu poderia imaginar a vida ao lado dela. Eu não estava mais ligando para as tradições, e Aretha simplesmente se mostrava realizada com gestos simples, e coisas comuns.


Como quando ela chegava da faculdade faminta e me encontrava fazendo nosso jantar, ou quando dividia o guarda-chuva num parque. Brincadeiras noturnas no tapete em frente à lareira. Estava casado com a mulher que eu amava e esperávamos um bebê. Parecia um sonho para um homem que havia chegado aos 40, completamente desacreditado do amor.


Era divertido fazer compras do enxoval do bebê com Ela. Eu fingia não perceber o assédio das vendedoras, enquanto achava graça das caretas disfarçadas que ela fazia, sempre também fingindo não notar.


– Não sei por que eu venho junto... Elas nunca me atendem mesmo... – Disse torcendo o nariz.
– Porque seu gosto é melhor que o meu, Anjo...


– Cretino! Você acha tudo engraçado, não é? Sorte sua que não sou ciumenta... – Ela mesma riu do que falou. É claro que não era verdade.
– Ah, que mentira! Você fuzilou todas elas com um olhar! – Duvidei.


– É... É mentira! – Admitiu. – Trouxe a minha metralhadora?

E nós ríamos das nossas próprias bobagens.


Mas o mais cômico era o Mark de “avô”. É óbvio que isso só tinha graça pra mim. Ele fingia não ligar para as piadas que eu fazia, sempre com seu jeito “Mark Maduro” de encarar as coisas. “Notem como meu genro é infantil”, era o pensamento intrínseco em sua expressão. Eu sempre ria mesmo assim.


Deixou de ser engraçado algumas semanas depois, quando Júlia, num telefonema, me deu as boas novas:
– Pai! Adivinha! Eu também tô grávida!


Bem, deixou pra mim, porque Aretha parecia nunca ter ouvido nada mais engraçado em sua vida.
– Papai vai adorar essa notícia! – Disse gargalhando, quando lhe transmiti a novidade.


Gabriel ficou duplamente feliz. Um irmão e um sobrinho eram dois presentes maravilhosos, e mais uma vez ele prometeu que tentaria estar em SimCity quando os bebês nascessem.


Ele agora se encontrava como voluntário num campo de refugiados de guerra, do outro lado do mundo. Havia ido parar lá depois de conhecer um soldado da ONU quando fazia o Caminho de Santiago.


Minha preocupação como pai era infinita. O medo de que algo terrível pudesse acontecer a qualquer momento era pungente, mas ele dizia que não corria mais riscos estando lá do que estando aqui – um centro urbano civilizado, porém violento.


“Estou cuidando de pessoas doentes, mutiladas e famintas. Na verdade eles estão me ajudando mais que eu a eles. São pessoas que jamais sonharam ter as oportunidades que a vida me deu. Algumas estão aqui há tanto tempo que nem lembram de onde vieram. Outras nasceram aqui.”


“Quando sobra um tempo, em noites de céu limpo, nós fazemos uma fogueira e eu toco um pouco de violão pra eles. As crianças fazem desenhos para me presentear. Nunca me senti tão útil.”, dizia seu e-mail.


Às vezes – muito raramente mas acontecia – ele conseguia telefonar. Era sempre muito bom ouvir sua voz.
– Oi, pai! É o Gabe! – Como se ele precisasse mesmo se identificar.
– Gabriel, meu filho! Quanta saudade! Como é que você está?


– Tô ótimo, pai... Vou pegar a estrada de novo...
– Mas você parecia tão satisfeito...


– Sim, estou... Mas existem muitos outros lugares, muitas outras pessoas e muito trabalho a ser feito. Chegaram novos voluntários e agora vou trabalhar com um grupo de mulheres e crianças vítimas de violência doméstica.

Eu admirava a iniciativa do meu filho, mas não podia deixar de me preocupar com sua integridade física e psicológica.


– Você vai ficar bem? – Perguntei receoso.
– Já disse que sim, pai! Fica tranquilo... Eu estou indo com uma médica, uma psiquiatra que conheci aqui. Ela foi designada e me perguntou se eu gostaria de ir... Ela acha que posso ajudar muito com a minha música. Eu topei.


Ele falava como se fosse um fim de semana na casa de amigos.
– Pai... Escuta... Não precisa se preocupar comigo. Prefiro que volte sua atenção pra geração que está por vir... Eu prometo que dou notícias, está bem?


O tempo estava zombando de mim, acelerando sua passagem contra a minha vontade. Só que Aretha não podia me dispensar mais atenção. Ela precisava se dedicar a faculdade.


Mas sua barriga estava crescendo rápido demais. Então o que eu podia fazer era aproveitar cada minuto que tinha ao seu lado.


Mark e Tara tão pouco conseguiam ficar longe mais de dois dias. As visitas eram constantes e sempre recheadas de presentes.


Aretha estava cercada de mimos e eu tive que aprender a dividir a “minha” barriga com outras pessoas também. Era um bom exercício pro meu autocontrole, principalmente com relação à presença de determinados amigos como Thomas.


Tomava sustos com o ventre de Júlia também, ainda que houvesse uma diferença de quase 9 semanas entre elas. Pai e avô, quase ao mesmo tempo. Por vaidade, preferia não admitir, mas não poderia desejar melhor sorte.


Gabe seguia cumprindo sua promessa. Se não era possível ligar ou mandar e-mail, apelava pro tão tradicional e infalível correio. Era sempre confortador. Nesta última carta, ele contava sobre a tal médica, e o trabalho que os dois faziam junto à comunidade local.


Ele parecia estar aprendendo muito, e disposto a aprender mais ainda. Fazendo trabalhos humanitários, ajudando sem esperar receber. Disse que a doutora o estava ajudando bastante, entre conversas e ensinamentos, e que se perguntava por que nunca havia pensado em fazer medicina.


As cartas, e-mails e telefonemas apaziguavam meu coração. Gabriel parecia feliz como nunca demonstrou e isso compensava um pouco, o vazio que ele deixou ao partir.


Aretha começou a apresentar os primeiros sinais de cansaço perto do fim do ano. Eu estava admirado ela ter aguentado sem reclamar até ali, pois sua barriga estava enorme. Ela andava igual a um patinho. Eu achava tudo muito lindo mas não me atrevi a comentar.


Como sempre, ela recebeu sua aprovação no semestre antecipadamente. Eu era tão orgulhoso de sua inteligência extraordinária! Ele então trancou sua matrícula. Estaria dando à luz por volta de abril, mesmo mês de nascimento de Gabriel, queria se dedicar ao bebê pelo menos em seu primeiro ano. Depois pretendia voltar a UNESim e se formar.


Foi um Natal muito diferente. Primeiro, porque não tinha a presença de Gabriel. Depois, porque não era a minha casa, era a casa dos Webber. Não que isso fosse ruim. Com Júlia grávida, não gostaria mesmo de deixá-la com a responsabilidade de organizar tudo como ela sempre fazia. E no fim das contas, havia muito mais amigos reunidos.


Também muito diferente do ano anterior, foi o nosso Réveillon. Preferimos não viajar e fazer uma ceia muito íntima. Por insistência de Júlia, na casa dela. Mas só porque ela prometeu deixar tudo a cargo de Claudinete. Além de nós, apenas compareceram Mark e Tara, que tinham mesmo cada vez mais dificuldade de se afastarem da filha.


Ao contrário da gestação tranquila de Aretha, Júlia vinha tendo uma série de complicações. Nenhuma delas evoluiu com gravidade até então, por terem sido diagnosticadas previamente, no do pré-natal que vinha fazendo com um excelente obstetra, o mesmo de Aretha. Mas iam desde enjôos, até pressão alta e diabetes gestacional, além de um descolamento de placenta logo nas primeiras semanas.


O quarto do bebê estava pronto, muito tardiamente. As cores eram neutras. Isso porque era um bebê tão birrento quanto a sua mãe. Enquanto Arthur – o bebê de Júlia e Hélio – exibia com orgulho suas partes íntimas diante do monitor da ultrassonografia, o nosso escondia timidamente as suas, entre as pernas fechadas. Sabíamos sobre exames de DNA, mas isso não importava. Menino ou menina, seria amado da mesma forma.


Ana se casou com Alessandro no final de fevereiro, em alguma praia do Hawaii, numa cerimônia completamente privada. Desejava a todo custo evitar a imprensa sensacionalista que vinha pegando pesado com ela em suas matérias, desde a nossa separação.


E mais e-mails empolgados chegavam de Gabriel. Em um, ele contava que agora estava rodando o mundo com a psiquiatra, sempre levando ajuda a países assolados por guerras e catástrofes. A médica era sueca e chamava-se Parnila Kirsi. Segundo Gabe, apesar de nova – apenas 8 anos a mais que ele – era uma médica reconhecida pela ONU por sua participação ativa em missões humanitárias.


Em outro, ele pedia que eu lesse sozinho, pois queria me contar sobre a conversa que teve com Alanis no aeroporto, no dia de sua partida. Dizia: “Quando ouvi a voz dela chamar meu nome, pensei estar imaginando coisas.”


“Eu me virei e a vi caminhando e sorrindo em minha direção. Minha primeira reação era me atirar em seus braços, mas me contive ao ver que ela não tinha vindo sozinha. Só aí caí na real. Ela estava ali apenas para se despedir de mim. Era melhor do que nada.”


“Nós arrumamos um lugar sossegado pra conversar no meio da confusão do aeroporto, e ela me disse tanta coisa... Que havia refletido e não estava magoada comigo, nem pelo desabafo, nem pelo beijo. Disse que me amava muito pra me deixar ir embora sem falar comigo.”


“Depois me pediu desculpas pelo tapa e por ter contado tudo ao Thales, mas se justificou dizendo que eles tinham muita cumplicidade e que jamais poderia esconder dele o que havia acontecido. Eu também me desculpei por todo o problema imaginando que Thales e ela pudessem ter tido alguma briga ou discussão. Mas você sabe que isso não aconteceu.”


“Ela derramou uma lágrima e disse que não queria nem podia me dar esperanças porque ela amava o Thales demais. Doeu muito quando ouvi isso. Mas em seguida ela completou dizendo que o beijo que lhe roubei a deixou tonta, a ponto de não conseguir raciocinar.”


“Por isso ficou tão brava e me deu o tapa. Ainda estava chorosa quando me abraçou e concluiu gaguejando, que se talvez eu tivesse a certeza do meu amor por ela antes, se eu tivesse confessado antes... Talvez, ela repetiu, pudéssemos ter feito uma história diferente.”


“Pai, só tô te contando agora porque não me dói mais falar sobre o assunto. Parnila também me ajudou muito nisso... Bem, ela é psiquiatra... Sempre sabe o que dizer. Além disso andamos tão ocupados por onde quer que passamos que fica difícil pensar em outras coisas que não nosso trabalho. Mas nunca esqueço de nenhum vocês.

Te amo, pai!

Beijo na Aretha e na barriga! Nossa, deve estar estourando!

Gabe.”


Eu estava desconcertado diante do computador quando Aretha entrou no escritório.
– Estou com fome... Você não quer...


Mas ela parou ao notar minha expressão
– O que houve? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou assustada. 
– Não! – Respondi rápido para não deixá-la preocupada. – Não aconteceu nada.


– É o Gabe? O que foi que houve? – Eu já estava levantando para abraçá-la. – Não esconda nada de mim só porque estou grávida! Não se atreva a mentir pra mim de novo, J!


– O Gabriel está bem! Eu... Apenas estou com saudades... Só isso... E me emocionei com o e-mail...
– Você jura? – Ela me olhou desconfiada e franzindo o nariz.


– Juro! – Eu a encarei com um sorriso. – Mas se eu não jurar... Você faz essa careta linda pra mim outra vez?


Gabriel voltou na mesma semana da previsão feita pelo nosso obstetra. “Não é definitivo”, avisou ao chegar portando apenas uma pequena mochila nas costas. Ele se mostrou muito ansioso para estar com Júlia e Aretha. Eu o alertei:
– Deixei pra te dizer pessoalmente, para não te preocupar, mas sua irmã não tem passado muito bem e está de repouso.


A caminho de casa, expliquei as complicações na gravidez de Júlia, motivo pelo qual o médico havia pedido que ela fizesse até as refeições na cama. Foi uma ótima escolha ter deixado Claudinete com ela, afinal. Mesmo assim, contratamos uma enfermeira.


Gabe deu um demorado abraço em Aretha e brincou com sua barriga.
– Quer dizer que você não vai dizer mesmo, não é? Não posso nem te chamar pelo nome!


Como não sabíamos o sexo, acordamos que eu escolheria um nome para menino, e ela outro para menina. A única condição é que soubéssemos seus significados. Aretha escolheu Aimée, que significa amada, querida. E eu escolhi Andrew, que vem do grego Andros e significa corajoso.


– Ele, ou ela, vai se revirar de qualquer jeito se você chamar de bebê ou neném. – Disse Aretha. – Principalmente se você fizer uma voz de desenho animado, não é, J?

Ela falou para implicar comigo. Sabia que eu parecia um retardado brincando com sua barriga.


– Essa criança não pára! Não sei como a minha mãe conseguiu carregar dois ao mesmo tempo! – Exclamou.

Sem contar que um deles era o Thales.


No dia seguinte, fomos todos para a casa de Júlia. Apesar de toda agitação que causaríamos, ela ficaria feliz em ver seu irmão, eu tinha certeza. E de fato foi. Não demoramos muito, mas a alegria no seu sorriso, traduzia que a nossa presença parecia tão ou mais eficaz que o repouso a que vinha se submetendo.


Mesmo no pouco tempo que ficamos, não deixei de notar que Gabe fez duas ligações. As duas pareciam ter sido pra mesma pessoa, pelo mesmo comportamento ao telefone. Entonação e gestos.


Essa cena – Gabe pendurado no telefone, parecendo não querer compartilhar a conversa – se repetiu no dia seguinte, e eu estava muito curioso para saber do que se tratava. Mas eu me segurei. Em algum momento, ele acabaria falando.


Gabriel devia estar esperando a oportunidade. Tara havia passado aqui e levado Aretha para fazer, entre outras coisas, a tal da depilação pré-cirúrgica. Eu juro que nestes momentos, agradecia a Deus por ter nascido homem.


Eu estava de bobeira “zapeando” o controle remoto da TV, sem prestar nenhuma atenção, quando meu filho sentou ao meu lado.
– E, aí, pai? Entediado? – Puxou assunto. Não era o feitio dele.
– Um pouco... A casa fica muito calma sem o falatório incessante dela.


– É demais, pai! Acho incrível você gostar de cada pedacinho da Aretha! Os bons, e os ruins...
– Sou um homem apaixonado... O que posso fazer? E você? Como está esse coração?


Apesar de ter mudado rápido de assunto, ele não pareceu surpreso, como se estivesse preparado pra responder:
– Está bem. Cicatrizado.
– Cicatrizado ou conformado?


– Pai... Nesses meses que fiquei fora, eu descobri muita coisa. – Eu não tinha a menor dúvida disso. – Acho que te contei quase tudo...
– Quase? O que você me escondeu, então?


– Não, não. Não escondi... – Eu esperei ele organizar as idéias para completar. – Só pensei que ainda não era o momento. Ela é mais velha, você sabe...
– Ela é da idade da Júlia, e daí?


– Na verdade, um ano mais velha... Mas isso não faz diferença! – Emendou rapidamente.
– Ok, Gabriel, ainda não entendi o seu ponto. Normalmente você não enrola tanto...


– Tudo bem... Eu preciso de um “help” seu...
– Para quê?


Gabriel levantou. A ansiedade não lhe permitiu permanecer sentado.
– Pai... A mulher é impressionante. De uma inteligência incomum e se dedica incansavelmente a causas humanitárias desde entrou pra faculdade de medicina, aos catorze anos. Ca-tor-ze! Um fenômeno!


– Você está apaixonado, Gabriel?
– Eu não sei ao certo... – Porque ele nunca conseguia saber? – Eu estou impressionado com certeza, mas... 


– Eu não sei se esqueci a Lanis... – Continuou. – Não sei se... Sou capaz de esquecer... Não dói mais, mas eu ainda não a vi, desde aquele dia no aeroporto. Só nos falamos por e-mail.
– Sente um pouco, Gabe. – Pedi.


Ele atendeu e eu prossegui.
– Se não dói, não tema. Esquecer, nunca se esquece, nem sei por que nem para quê você ia querer.
– Porque eu não pude viver isso?


– Talvez não da maneira como gostaria, talvez não com o desfecho desejado, mas viveu... – Ele sabia exatamente do que eu estava falando.
– Você não esqueceu? E como isso não faz uma enorme confusão na sua cabeça?


– Justamente porque não dói mais. O amor passou, mas a lembrança fica. Porque, de qualquer forma, foi bom sentir, valeu a pena passar por tudo.

Gabriel sabia que eu tinha razão, por isso nada respondeu.


– Está com fome? – Perguntei logo em seguida. – Vamos lá pra cozinha ver o que se pode fazer pra comer...


Gabe permaneceu calado e pensativo. Nós ainda não havíamos terminado quando Aretha chegou, mas ela não quis comer. Alegou estar cansada e subiu para o nosso quarto. Eu terminei rápido e subi em seguida. Gabriel se ofereceu para limpar a louça, mesmo eu insistindo que a diarista faria isso sem problemas no dia seguinte.


Aretha já estava dormindo, devia estar mesmo exausta. Eu me troquei, deitei ao seu lado e também apaguei. Mas acredito não ter passado muito tempo até sentir seu braço ao meu redor e escutar sua voz estranhamente pausada e baixa:
– J... Acho que chegou a hora...



3 comentários:

  1. Quantas emoções *----*

    Gabe tão lindo como o pai, tão lindo ajudando as pessoas q necessitam de atenção c2
    Tadinha da Julia, gravidez complicada a dela =/
    Owwwwwn Gabe apaixonado!!! S2
    Chegou a hr!!! .wee.


    C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2 C2

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  2. Só tenho uma palavra: Paivô! huashuashaushauhsahsuhasuhaushaushuahsuashauhsuahsuahsuahsuahsuahsuahsuhasuhaushauhs

    AMO!
    bjosmil! *.*

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  3. Deh, acho que Gabe foi o que teve a maior guinada na história. De um garoto inseguro e mimado acabou encontrando uma bela vocação. É, não foi fácil pra Julinha...

    kkkkkkkkkkkkkkkk, Pelo menos Mark teve a sua forra, Mita! ;]

    Obrigada, meninas!

    Bjks!

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